sexta-feira, 19 de novembro de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
quinta-feira, 11 de março de 2010
Ainda com mais dedos nas mãos do que idade, olhei para a vitrine da loja de brinquedos. Ainda estava lá. Intácto. Ninguém o havia levado, e por isso podia curar parte da minha agonia sentado ali, com a roupa pintada de tinta guache azul-clara e os olhos de escura cobiça. Na ingenuidade dos meu nove anos, meu sorriso no rosto dependia de ter ou não ter aquele simples brinquedo.
E agora, que mesmo somando dedos dos pés e mãos não chega-se perto dos meus invernos vividos, percebo que continuo a mesma criança de roupa pintada, mesmo que não sejas exatamente um brinquedo.
E agora, que mesmo somando dedos dos pés e mãos não chega-se perto dos meus invernos vividos, percebo que continuo a mesma criança de roupa pintada, mesmo que não sejas exatamente um brinquedo.
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