segunda-feira, 21 de setembro de 2009

As cartas que tanto pediste, aqui estão.


Os cartões amarelos já nao serviam mais. Os braços estavam exaustos de erguê-los em movimentos repetitivos. Levantei-os um amontuado de vezes, não por arrogância, e sim a fim de que o jogador percebesse que em determinados jogos faziam-se necessárias a fidelidade e a lealdade. Em vão.

Pensei em decretar fim de partida. Fim de toda e qualquer partida minha. Até coloquei o apito sobre os lábios. Todavia, o único som que este fez fora o murmúrio de bonitas palavras cheias de esperança.

E é neste momento que pela última vez levo ao alto minhas mãos. Porém, desta vez, a cor do cartão que elas seguram é a mesma cor das flores ingenuamente falsas que me entregas.

É tempo de jogo novo.

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